segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Rio de Janeiro 2 - A Conclusão do Paulixta!

Eu percebi que algumas pessoas me entenderam errado, pois me questionaram: "Porque você odeia tanto os cariocas?" Eu não odeio os cariocas! Eles possuem características muito próprias, são fáceis de se identificar. Agora, se eu não gosto de uma característica ou outra, não quer dizer que eu não gosto do carioca.

Algo muito importante que eu gostaria de frizar: o carioca gosta muito menos do paulista do que o paulista do carioca. A maioria que descobriu que eu era paulista fez questão de me tratar com diferenças, e alguns, até com preconceito. Ainda bem que eu só era identificado como paulista quando eu conversava com alguém, talvez pelo excesso de "Meeeu" ou "Maaano", mas o carioca não tem como escapar, ele não precisa necessariamente falar para ser descoberto, mesmo porque carioca não fala, ele grita; carioca não conversa, ele discursa!

Se alguém tivesse vendado os meus olhos e me colocado em um ônibus para o Rio de Janeiro, eu perceberia o destino pelos habitantes. Você vê um carioca andando e não tem dúvidas. Sei lá, acho que é o jeito meio arrastado de caminhar, como se estivesse assado. Outra coisa, todo carioca é bronzeado, o que me faz pensar que os escritórios no Rio de Janeiro tem teto solar.

Eu estava voltando do consulado para a rodoviária de taxi, morrendo de medo de ser enganado mais uma vez. Quando questionei o motorista (provavelmente paulista) sobre um valor possível da viagem, ele me disse: "15 reais no máximo". Ok, logo que cheguei no Rio, na rodoviária, queriam me cobrar 25 reais, no mínimo! Por isto, entenda o porque de eu me sentir ameaçado a cada segundo que estive no Rio.

Agora, se tem algo que eu gostei do carioca é que ele sempre faz uma conversa virar uma grande diversão. Eu estava em uma fila e comecei a conversar com algumas pessoas. Quer dizer, elas começaram a conversar comigo. Quando eu fui embora, tive a impressão de que eles eram grandes amigos meus, devido a intimidade que eles proporcionam em um diálogo. É até perigoso, você se sente tão a vontade que fala demais. Cheguei a comentar para um senhor onde eu estava hospedado, quando ia embora e que horas estava previsto meu ônibus para São Paulo. Porque eu falei informações como esta? Não sei, me senti a vontade. Uma isca fácil para um sequestrador!

Minha passagem no Rio de Janeiro foi muito curta e eu nem cheguei perto de uma praia, talvez por isto tenha ficado uma imagem meio ruim. Eu não presenciei a maioria das coisas que eu ouço falar do Rio, pelo menos não as positivas! Se alguém me perguntasse: "Thiago, vale a pena ir para o Rio de Janeiro?", eu responderia: "Você confia em Deus? É bom que sim, pois no carioca você vai confiar demais!"



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