Saí de casa para levar a minha mãe para o médico com o meu irmãozinho. Até aí tranquilo. O problema é o caminho. Você sabe que está ferrado em São Paulo quando entra em uma grande avenida e não reconhece nada em volta. Lê as placas de sinalização e não reconhece nenhum lugar que ela aponta. Foi isto que aconteceu, mas tive a sorte de minha mãe saber o caminho certo.
Na volta, eu ia passar no Itaim para buscar uma pessoa. Aparentemente eu não teria problemas, pois mesmo estando em um local totalmente desconhecido, eu havia localizado uma placa que me idicava para a Avenida 23 de Maio. Ótimo!
Ótimo nada! Você já teve a impressão de que o trânsito está tão grande e tão lento que parece que todo mundo está indo para o mesmo lugar que você? Pois é, era isto que parecia. Quando eu entrava em uma rua, todo mundo entrava. Quando eu mudava de pista, todo mundo mudava. Pensa na minha felicidade.
Você ainda pode dizer "Thiagão, São Paulo é assim".
Ok my friend, mas toda esta Odisséia tinha uma matemática: eu precisava deixar minha mãe as 16h no consultório, buscar esta pessoa no Itaim as 16h30 e buscar minha mãe no consultório as 17h. Quando eu olho no relógio, eram 17h, e eu ainda não tinha chegado no Itaim.
Entre pensamentos de suicído e extermínio humano, lá estava eu , um clássico paulista com perfil psicopático, quase parado no túnel Ayrton Senna, ao lado de um carro que deixava o som bem alto, afinal, ele não queria ouvir forró sozinho. Isto tudo, a 10 km por hora. Lembrei-me na hora de meu Tio, gritando com os barbeiros no trânsito: "Este aí é profissional! Profissionaaaal!" Sem sentido? Sim, mas o Tio é deste jeito, inexplicável, mas memorável!
Cheguei as 17h15 no Itaim, busquei a pessoa e já estava rumando de volta ao consultório, desolado como uma pessoa que esteve em mãos de sequestradores. Graças a Deus minha mãe me liga e avisa que está voltando de taxi para casa. Ahhh...detalhe importante, minha mãe me ligou no celular da pessoa que eu fui buscar no Itaim, pois eu estava sem celular. Logo, não conseguia avisar ninguém a injustiça metropolitana e social que acontecia comigo.
Bom, o dia acabou bem. Agradeço a Deus por te me dado paciência para suportar os motoboys, os taxistas (motoboys que andam de carro), as senhorinhas que só conhecem a 1ª e a 2ª marcha, as viaturas que fazem o trânsito ficar mais caótico andando na velocidade de uma carrinho de rolimã, as obras no meio das grandes avenidas, os ambulantes, entre outros.
Além disto, agradeço também por eles terem me suportado também, pois com toda esta balbúrdia, eu também estava intolerante. Não é todo mundo que consegue ficar tranquilo em situações adversas:
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