Primeira parte: EMBARQUE E DESEMBARQUE
Meu vôo estava marcado para as 23h do domingo, por isto, chegamos as 20:30 para fazer tudo em tempo, sem pressa. Graças a Deus, tudo ocorreu muito bem, um pouco de fila, mas nada demais. Fizemos checkin, passamos pela polícia federal, e ficamos nem 1 hora na área de embarque e free shop, embarcamos rapidão.
Como minha passagem foi comprada por último, eu ia viajar separado de minha família, eu só sabia que ia viajar na janelinha, mas quem ia ao meu lado, só Deus sabia. Logo que achei meu lugar, fiquei tranqüilo, percebi que não era nenhum gigante que pudesse me deixar desconfortável, era um cara normal. Bom, normal talvez não seja a palavra certa, em 5 minutos de vôo o cara já tava dormindo, e detalhe, ele se cobriu por inteiro com o cobertor do avião, dos pés a cabeça. Além disto, eu fiz duas perguntas pra ele: “Oi, tudo bem?” e “Você tem horas?” e ele nem respondeu, olhou pra mim e fez cara de paisagem. Até pensei que ele não falasse a minha língua, mas depois ouvi ele conversando com a comissária em português...ele não foi com minha cara mesmo.
Bom, estou eu lá, na minha janelinha, sem absolutamente nada pra fazer, pois estava viajando de madrugada, então a janela perdeu totalmente o seu valor. Ainda mais quando fiquei com vontade de ir ao banheiro fazer um pipizinho, e olho para o lado e está lá o doido, todo coberto, parecendo um defunto. Tentei chamar a atenção dele para avisar que eu queria sair para ir ao banheiro, mas ele não me percebia, ou fazia de conta que não percebia. Bati no joelho dele, no ombro, cheguei até a dar uma chacoalhada em sua cabeça, mas ele nem se movia. Eu, apertado como estava, tive que arranjar um jeito diplomático de sair de lá, sem berrar no ouvido do cara “Acordaaaaa desgraçado!”. A minha única opção era sair por cima dele, e foi o que fiz, em uma manobra meio Cirque du Soleil, pulei o indíviduo, e quase fui parar no colo de uma senhora de 300 anos que estava na outra fileira. Imagina o susto da velha, acordando com um animal de 24 anos caindo em cima de sua cabeça. Fui ao banheiro, sem nenhum alarde, voltei para o meu lugar, e novamente tive que pular o defunto. Tava parecendo um episódio do Mr. Bean no avião.
Depois disto, foi tudo tranqüilo, não consegui dormir muito durante o vôo, acho que tomei muita coca-cola, sei lá. Ainda bem que o café era horrível (parece que pegaram 1 litro de água e colocaram 2 grãos de café...super fraco!), pois se o café tivesse bom, não teria dormido nenhum segundo.
Chegamos bem, sem nenhum agravante, graças a Deus. O aeroporto de Houston estava completamente vazio, pois eram 6h da manhã. Passamos pela imigração, onde consegui dar algumas risadas com o desespero da minha mãe olhando para a cara do oficial enquanto ele fazia perguntas para ela e ela não entendia nada! Mas até que ela se virou bem! Encontramos a Ana, dona da casa onde estamos agora, e fomos buscar o carro que alugamos em São Paulo. Quando saímos do aeroporto, nos deparamos com quase 0 graus. Estava de matar, e minha irmã estava sem casaco, por um problema de comunicação. Lá vai eu entregar a minha jaqueta pra ela, e ficar só de camiseta. Até entrar no carro, passei um dos maiores frios da minha vida, me senti aquelas carnes que ficam penduradas no frigorífico. Não estava nevando e nem chovendo, ao contrário, tava até fazendo sol...que só iluminava, e nada esquentava.
Pegamos o carro, que aliás, é maravilhoso, e fomos para a casa da Ana. No caminho, fui reparando nos carros, todos gigantescos e luxuosos. Parece que não existe pobre aqui, mas na verdade, muitos dos carros grandes e luxuosos que eu vi, eram de pessoas consideradas “classe média/baixa”. Bom, por enquanto é isto. A cidade parece ser muito legal, hoje (terça-feira) a noite vamos assistir um jogo de basquete do Houston Rockets, estou bem empolgado por isto. Logo escreverei mais, espero que coisas boas.
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