quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu era idiota....ERA!!


Eu nem vou começar dizendo “Depois de muito tempo sem postar...” porque já é um clichê para o meu blog. Então, vamos pular esta parte!


Estes dias eu estava refletindo sobre alguns acontecimentos da minha infância que são simplesmente hilários e idiotas. Eu devia ser uma criança muito insuportável.


Começo aos 9 anos de idade, quando fui a uma lojinha de bairro com meu primo @rafatheodoro. Eu nem lembro o porque fomos nesta loja, só sei que eu roubei uma caixinha de chocolate. Ao sair da loja, muito cristão, fiz uma oração, ainda na calçada da lojinha, pedindo perdão a Deus por ter roubado aquele chocolate. Minutos após esta prece, eu já havia comido todo a caixinha de chocolate, junto com meu cúmplice, o Rafa.


Ainda nesta época, quando estava na quarta série, eu era um péssimo aluno. Eu nunca fazia lição de casa, nunca mesmo. Uma vez, não sei o porque, eu fiz uma lição de Estudos Sociais. Ansioso que sou, assim que a professora chegou na sala de aula e sentou-se em sua cadeira, eu fui até sua mesa e perguntei: Professora, a senhora não vai corrigir a lição de casa?. A professora olhou pra mim com a maior cara de decepção e disse: Só porque você fez a lição de casa hoje vem me pedir para corrigi-la? Vou mandar um bilhete para sua mãe para que ela acompanhe você nos deveres diários. Pouco burro eu!


Bom, isto tudo aconteceu quando eu ainda morava em São Caetano. Me mudei para São Paulo, um mundo de novidades para mim, já que eu não conhecia nada desta grande metrópole. Quando eu me lembro das coisas que passavam pela minha cabeça quando se comentava sobre São Paulo, sinto que eu era um extraterrestre. No dia da mudança, minha prima estava comigo e, ao entrar na portaria do novo prédio, eu a questionei sobre um corredor e ela me disse que era a entrada para o elevador de serviço. Elevador de serviço? Isto era novidade pra mim, foi quando ela me explicou que existiam dois elevadores: um para a entrada das empregadas, babás e funcionários e outro para os moradores. Fiquei em choque! Que preconceito, que coisa terrível de se fazer! Separar as pessoas por elevadores, não podia ser certo.


Minha chegada em São Paulo não teve apenas este espanto. Minha mãe comentou comigo: Thi, agora que moramos em São Paulo, podemos ir ao Parque do Ibirapuera. Eu fiquei bastante contente, afinal, eu já tinha ouvido falar deste parque, mas, como eu disse, minha cabeça de extraterrestre imaginava que o Ibirapuera era para outro fim. Quando eu ouvi dizer que nós íamos lá para andar de bicicleta, patins, jogar futebol, fiquei assustado, pois pensava que o Parque do Ibirapuera era uma lugar onde pessoas de terno e gravata frequentavam. EU JUUUURO QUE EU NÃO FAÇO A MENOR IDÉIA DO PORQUE EU PENSAVA ISSO! Sei lá, acho que eu imaginava um lugar super chique e tal, quando fui pela primeira vez, entendi que eu estava completamente enganado. Hoje, não consigo pensar no parque sem imaginar uma marmita cheia de frango e farofa.


Bom, já com uns 13 anos, não era mais uma criancinha, mas, muitas vezes, agia como uma. Lembro um fim de semana que fomos para Atibaia, ficamos na casa de um senhor, amigo da família. Estávamos todos sentandos na mesa jantando, quando o dono da casa foi repetir a comida e estava pegando mais arroz. Não perdi a oportunidade e lancei uma pergunta na mesa: Nossa, o senhor gosta mesmo de arroz hein! Eu era cheio de fazer estas perguntas chatas e constrangedoras. A partir daquele fim de semana minha mãe não me permitiu mais almoçar e jantar junto aos adultos. Mas eu ficava indignado, não via problema de fazer estes questionamentos, mesmo porque eu me dava muito bem com o dono da casa. Em Atibaia ainda, eu estava andando com este senhor e ele estava bebendo cerveja. Talvez para parecer descolado, inventei que eu bebia cerveja direto quando estava na casa do meu pai, uma mentira deslavada. Obviamente, este senhor foi lá e comentou com a minha mãe, que logo veio me dar bronca. Expliquei que era mentira e fiquei muito bravo com a traição que ele havia cometido...pobre criança.

Hoje dou graças a Deus por ter completado a faculdade, pois, analisando uma criança desta forma, poucas pessoas teriam muitas esperanças.

Um comentário: